A MRS trabalha com a possibilidade de enviar em abril ao Tribunal de Costas da União (TCU) a proposta de renovação antecipada de concessão de sua malha ferroviária, de acordo com o jornal Valor Econômico. Assim, o aditivo seria assinado ainda no 1º semestre desse ano.

A concessão original da MRS foi estabelecida em 1996, com duração até 2026. Com a renovação antecipada, esse prazo será estendido por mais 30 anos, seguindo até 2056.

O plano de negócios que suporta a renovação da concessão da MRS tem investimentos que podem superar R$ 7,5 bilhões, de acordo com site criado pela MRS somente para tratar da renovação da concessão.

Hoje, a MRS administra 1.643 km de malha ferroviária, a chamada Malha Sudeste, alcançando cinco terminais portuários.

Os investimentos em aumento de capacidade e melhoria de desempenho, da ordem de R$ 3,1 bilhões, incluem aportes em ampliações de pátios, remodelação da via permanente, ampliação de instalações e aquisição de novos vagões e locomotivas.

Os chamados projetos de interesse público terão investimentos estimados em R$ 4,4 bilhões. São obras para eliminação de conflitos entre a ferrovia e as cidades, aumento de intermodalidade e desafogamento das estradas.

Além desses R$ 7,5 bilhões, o plano de negócios também contempla investimentos que darão sustentabilidade aos ativos ferroviários. Esses recursos serão aplicados, por exemplo, numa nova matriz de dormentes, na modernização das locomotivas e vagões e na compra de equipamentos, e o investimento previsto é de R$ 14,6 bilhões.

O plano de negócios tem forte ênfase na expansão do segmento de carga geral – produtos agrícolas, siderúrgicos, insumos para construção civil e carga em contêineres, entre outros grupos.

Os investimentos da renovação e a expansão de capacidade envolvem regiões como noroeste de São Paulo, a Baixada Santista e os eixos Rio-São Paulo e Belo Horizonte-Rio.

A MRS tem como sócios a Minerações Brasileiras Reunidas – MBR (32,9%), CSN (18,6%), CSN Mineração (18,6%), Usiminas Participações e Logística – UPL (11,1%), Vale (10,9%), Gerdau (1,3%) e um grupo pulverizado de pequenos investidores (6,5%).