A Vale concluiu, em fevereiro, a implantação de mais uma barreira de vento (wind fence), a terceira de um total de cinco que serão instaladas até julho deste ano no Complexo de Tubarão, considerado o maior site de pelotização do mundo. Inéditos na América Latina, os equipamentos fazem parte de um investimento de R$ 500 milhões em melhorias em controles ambientais feitas pela empresa em sua unidade operacional no Espírito Santo. A segunda barreira de vento foi concluída pela Vale em dezembro do ano passado e cerca o pátio de pelotas das Usinas V a VII do Complexo de Tubarão. Com as três primeiras barreias de vento, 43% da área total dos pátios de estocagem da Vale no Espírito Santo estão cobertas.
No mês de março a empresa fará a entrega da quarta barreira de vento do Complexo de Tubarão. Com a instalação do equipamento, que ficará no entorno da chamada "área nova do Porto", a empresa terá cercado uma área correspondente a 68% do comprimento dos seus pátios de estocagem. E no mês de julho será concluída a quinta e última barreira de vento, será instalada ao redor do pátio de carvão. Com isso, 100% das áreas da mineradora no Estado onde há estocagem de minério de ferro, pelotas e insumos terão sido cercadas.
Além da conclusão de mais uma barreira de vento, no final do ano passado a Vale instalou o último precipitador eletrostático de um total de 21 que foram implantados nas pelotizadoras da empresa no Espírito Santo. Esses equipamentos, que funcionam como campos eletromagnéticos, apresentam eficiência de 99% na retenção de particulados de minério de ferro gerados pelo processo de pelotização. Os precipitadores substituíram os antigos lavadores de gás, modernizando, assim, os sistemas de controles ambientais das usinas da Vale instaladas em Tubarão.
Também como parte desses investimentos, a empresa enclausurou as casas de transferências de correias transportadoras de minério e instalou novos carregadores de navios, que possuem um tubo na extremidade da lança que se aproxima do porão da embarcações e diminui a emissão de poeira durante o carregamento de minério.
A primeira barreira de vento construída pela Vale no Complexo de Tubarão foi inaugurada em 2009 e apresentou eficiência de mais de 77%. O equipamento cerca o pátio de pelotas das Usinas I a IV.
As barreiras de vento são estruturas que podem chegar a 30 m de altura e suportam ventos de até 120 km/h, pois são construídas sobre fundações com mais de 18 m de profundidade. Ao todo, serão nove quilômetros de tela, o que corresponde a três vezes a Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha. Cada barreira de vento terá uma vez e meia a altura da pilha do produto protegido, o que resultará em estruturas entre 19 m a 30 m de altura.
Os investimentos ambientais da Vale no Espírito Santo envolvem cada uma das etapas dos processos operacionais de Tubarão, desde a chegada do minério de ferro até o embarque de produtos nos navios.
Comissão envolvida no passo a passo das melhorias
Em 2007, um modelo de parceria e transparência foi firmado entre o Ministério Público do Espírito Santo, o Governo do Estado, por meio do Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA), associações de moradores da Grande Vitória e a Vale. O Termo de Compromisso Ambiental (TCA) estabeleceu uma série de investimentos ambientais assumidos pela Vale no controle de emissão de particulados do Complexo de Tubarão. Foram estipuladas sete ações principais, entre elas, a instalação de barreiras de vento (wind fences), cuja execução está sendo acompanhada mensalmente pela comissão dos participantes do TCA.
Fonte: Padrão