Os rompimentos das barragens da Samarco e da Vale em Minas Gerais, acenderam alertas no setor da mineração. Muitas empresas investiram em alternativas de processo. Uma delas é a Yellow Solutions, que colocou mais em evidência um densímetro não-radioativo, específico para polpa de minério, que não utiliza radiação de nenhuma espécie.

Trata-se de um equipamento utilizado para medição de densidade e concentração em fluidos tanto com baixo como com alto teor de sólidos (polpa), para uso diretamente em linha, e que substitui antigas tecnologias baseadas em elementos radioativos, com a mesma eficiência – porém, evitando riscos de possíveis graves acidentes causados pela radiação.

O densímetro foi apresentado durante a 13ª edição do Workshop Opex, realizado em Nova Lima (MG), no mês de junho. O tema foi ‘Redução de custos, aumento de produtividade e otimização de processos na Mina e Planta’. E a Yellow Solutions, que trabalha com uma linha de produtos para otimização de processos, especialmente mineral, baseada em ultrassom.

“Estamos ajudando a mineração a se tornar mais sustentável. Hoje ainda se usa densímetros antigos onde há uma fonte de radiação, uma célula radioativa – de césio ou outro tipo de elemento.  É uma tecnologia antiga para se fazer a medição da densidade, que emite raios gama. E nós viemos com uma tecnologia limpa: hoje não há mais necessidade de usar radiação na mineração. É uma questão de sustentabilidade das mineradoras mudarem”, considerou Paulo Longo gerente manager da Yellow Solutions.

O equipamento é fabricado pela holandesa Rhosonics. Além dele, a Yellow distribui os assessórios de instalação – sensores e a cerâmica por onde emite ondas em frequência de ultrassom.

“A grande vantagem é: a cada ponto que troca pelos nossos produtos, diminui o custo operacional. Temos tido uma adesão muito grande, fornecendo para Vale, AngloGold Ashanti, Hydro, Yara, várias outras”, comentou Paulo Longo.

Ele explicou que, na mineração, a Yellow tem vários assessórios na instalação. Com um deles, pela pode ser feita diretamente na linha do cliente, para medir a densidade da polpa – minério de ferro, de ouro, de cobre, bauxita, potássio, nióbio, entre outros. O densímetro tem aplicação em várias polpas de minério e de rejeito. 

“Já trabalhamos com essa tecnologia há mais tempo, mas encontramos resistência por parte das mineradoras em mudar, pois o radioativo é muito mais barato e tem vida útil grande. Em alguns pontos se tornou proibido o uso do radioativo”, salientou Paulo Longo.

O gerente manager da Yellow Solutions comentou, ainda, que a partir de 2021, a demanda aumentou consideravelmente. Especialmente devido ao fato de o custo do radioativo ter ficado muito mais alto

“Além disso, quando um cliente compra um equipamento da Yellow, o técnico da área de instrumentação faz um treinamento simples, de quatro horas. Já nos equipamentos radioativos, é obrigado a ter um pessoal especializado, com treinamento certificado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e que ganha insalubridade – aumentando os custos. Além disso, é preciso apresentar relatórios bimestrais para apresentar onde está a fonte e a situação que ela se encontra. Com o densímetro da Yellow não há necessidade, pois o equipamento é eletrônico”, comparou Paulo Longo.