Ondas de calor, incêndios, enchentes e a exigência ainda maior pela transição energética após os debates e relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28). Com esse intuito, a Vale anunciou aporte de US$ 4 a US$ 6 bilhões para cortar sua meta de emissões em 33% até 2030, e zerá-las até 2050. Já o compromisso de redução das emissões na cadeia de valor visa (-)15% até 2035. Para cumprir os compromissos assumidos, a companhia divulgou que tem adotado soluções como o briquete para reduzir as emissões nas usinas siderúrgicas, e também o uso de energias renováveis.
Durante a COP28, a empresa liderou um painel, juntamente com a Petrobras, Raízen e Ministério da Fazenda, cujo tema era sobre alternativas para acelerar a transição energética rumo à descarbonização industrial no Brasil. Durante a apresentação, a companhia divulgou soluções para os processos minerais e metalúrgicos que resultam em menores emissões, além de metodologias alternativas e fontes limpas em substituição aos combustíveis fósseis e, também, a migração da matriz energética para fonte renovável. Em 2023, a empresa atingiu 100% de consumo de energia elétrica renovável no Brasil, dois anos antes da meta prevista para 2025.
“Sabemos que é prioritário reduzir as emissões e estamos focados nisso. Investimos no desenvolvimento de tecnologias que permitem reduções das nossas operações e nas atividades dos nossos clientes, como por exemplo o briquete, um aglomerado que ajuda a siderurgia a reduzir emissões ao mesmo tempo que diminui também o impacto na Vale”, explica Rodrigo Lauria, diretor de Mudanças Climáticas e Carbono da Vale, e completa: “Reduzimos as emissões de escopo 2, aquelas oriundas do consumo de energia elétrica, através de parcerias com geradoras de energia renovável. Nossa rota para a descarbonização inclui diversas iniciativas para ampliar o uso de fontes alternativas de energia e diminuir a utilização de combustíveis fósseis nas operações (Escopos 1 e 2). Também atuamos em parceria com nossos fornecedores e clientes para reduzir emissões do Escopo 3, que representam 98% do total”.
Em relação à transição para uma economia de baixo carbono, para a Vale os minerais e metais exercerão um papel fundamental. O aço produzido a partir do minério de ferro, por exemplo, é a principal matéria-prima para a construção de turbinas eólicas, linhas de transmissão e outros sistemas para garantir segurança energética e acesso universal à eletricidade. Já o níquel é um elemento essencial para baterias de alta performance, e o cobre, para a transmissão de energia elétrica.
Ações sustentáveis
Já sobre o trabalho de proteção e conservação de florestas, o diretor Rodrigo Lauria disse que a empresa contribui para manter e ampliar os estoques de carbono armazenados. “Ajudamos a conservar e proteger cerca de 1 milhão de hectares de florestas no mundo, sendo 800 mil hectares na Amazônia, onde atuamos há 40 anos, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Trabalhamos para proteger o Mosaico de Carajás, que é uma enorme área de floresta nativa, formada por seis unidades de conservação, com tamanho equivalente a cinco cidades de São Paulo”, conta êle. Dessa região em Carajás é onde a Vale extrai aproximadamente 60% da produção de minério de ferro, embora as atividades operacionais ocupem cerca de 2% do total do Mosaico. “A operação na região mostra que é possível equilibrar produção e proteção ambiental, numa busca constante por uma mineração cada vez mais responsável e sustentável”, conclui Lauria.
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