O Vale do Lítio é formado por 14 cidades: Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, no Nordeste de Minas, e Rubelita e Salinas, no Norte mineiro.

Esses municípios abrigam a maior reserva nacional de lítio. O mineral é utilizado em diversas aplicações, sendo a mais comum a fabricação de baterias de longa duração, que equipam veículos elétricos e aparelhos eletroeletrônicos. Por isso, será um item bastante demandado nos próximos anos pela indústria, de forma geral.

Até o momento, segundo informações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), já foram atraídos quatro grandes projetos de investimentos e desenvolvimento para o Vale do Lítio. Com as confirmações, estão previstos cerca de R$ 5 bilhões em recursos que serão direcionados a Minas, com expectativa de chegar a R$ 30 bilhões até 2030. Os quatro empreendimentos firmados projetam mais de 3,7 mil postos de trabalho na região.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, reforçou o objetivo, que já toma forma, de tornar o Vale do Lítio um celeiro de desenvolvimento, transformação social e geração de empregos. “As famílias que moram na região vão sentir a transformação econômica e social que nós vamos fazer”, pontuou o secretário.

As mudanças já são percebidas, por exemplo, pela população de Itinga, com o aquecimento de alguns setores.

“A região melhorou muito para emprego, tem muito dinheiro correndo”, contou o caminhoneiro José Libério Corregozinho, que percorre a região há cerca de 20 anos.

Desde então, ele já viu as estradas, outrora abandonadas, começarem a ser resgatadas para escoamento da produção. José só ‘lamenta’ não encontrar mais mão de obra ao precisar de ajuda em Itinga.

“Trabalho com descarga de mercadorias e, hoje, não acho mais ninguém para trabalhar porque todo mundo que quer já está trabalhando. Mas está bom, porque o que interessa é que o dinheiro está correndo. É o progresso, tem que ter nessa região que é muito pobre”, destacou.