Além da reforma do alto-forno 3, o de maior capacidade produtiva da planta-industrial de Ipatinga, no Vale do Aço, da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), prevista para ocorrer em 2020 e 2021, outras áreas da produtora de aços planos deverão receber investimentos vultosos nos próximos exercícios. A área de galvanização é uma delas, juntamente com a retomada da produção de aço bruto em Cubatão (SP).

A informação é do diretor para as Américas da Nippon Steel & Sumitomo Metal (NSSMC), sócia majoritária da Usiminas, Kazuhiro Egawa. Segundo ele, os investimentos fazem parte de uma série de importantes decisões estratégicas para o futuro da companhia e ditarão o ritmo da melhora da capacidade e qualidade dos produtos no mercado.

“É preciso, antes de tudo, manter a produtividade. Alguns, destes equipamentos e áreas já estão obsoletos e precisam ser modernizados a fim de mantermos a competitividade dos produtos. Há ainda a necessidade de reduzir os custos”, revelou em visita ao DIÁRIO DO COMÉRCIO.

Conforme o diretor, os aportes ocorrerão entre três e cinco anos. Mas, antes disso, precisará haver uma capitalização da siderúrgica. Neste sentido, ele destacou que embora os resultados da companhia tenham melhorado significativamente, ainda não alcançaram os patamares desejados, A Usiminas encerrou 2018 com lucro liquido de R$ 829 milhões, alta de 163% em relação ao ano anterior, quando obteve um lucro líquido de R$ 315 milhões.

“Uma das formas de capitalizar seria por meio dos acionistas, mas não sabemos ainda por qual caminho irá ocorrer”, disse.

Somente a reforma do alto-forno consumirá aportes da ordem de R$ 1bilhão. A Usiminas já iniciou algumas etapas do processo de manutenção, que inclui compra dos equipamentos que serão substituidos e placas para suprir o gusa e o aço na produção, enquanto o alto-forno estiver desativado.

Conforme já publicado, trata-se de uma operação normal de manutenção em uma usina siderúrgica. Mas, diante da magnitude do projeto e da capacidade do equipamento, o aporte é vultuoso e serão necessários de 100 a 110 dias de paralisação das atividades.

Atualmente, a planta industrial de Ipatinga conta com 3 altos-fornos. Os equipamentos 1 e 2, juntos, produzem cerca de 4 mil toneladas de ferro-gusa por dia. Já o alto-forno 3 possui capacidade de produzir cerca de 7 mil toneladas ferro-gusa diariamente.

Sobre as decisões da criação de uma área de galvanização na unidade de Minas Gerais e a retomada da produção de aço bruto em Cubatão, a companhia já divulgou anteriormente que serão decisões a serem discutidas no segundo semestre deste exercício.

FONTE: Diário do Comércio