A mineradora Serra Verde informou no fim de junho que iniciou o comissionamento da primeira fase das operações de seu projeto de terras raras em Minaçu, Goiás. Trata-se de uma operação integrada de mineração e processamento de elementos de terras raras (“ETR“) que, quando estiver em pleno funcionamento, resultará em um concentrado mineral com combinação de alto valor de ETRs magnéticos pesados e leves, incluindo neodímio (Nd), praseodímio (Pr), térbio (Tb) e disprósio (Dy). As projeções da companhia indicam que os quatro ETRs magnéticos, cuja demanda está crescendo rapidamente, formarão mais de 85% do valor do concentrado da empresa.
As amostras do concentrado proveniente de depósito de ETRs da SVPM, cujas dimensões permitem uma longa vida útil para a mina, já foram testadas e aprovadas, permitindo a consolidação de acordos com líderes do mercado global para fornecimento, assim que iniciar sua operação. Ricardo Grossi, COO da empresa no Brasil, comemorou os avanços no empreendimento: “Demos um passo importante em direção à produção comercial e estamos focados em concluir o comissionamento completo de nossa operação inicial para alcançá-la com segurança até o final deste ano”, prevê. Os planos são produzir em escala comercial já no início de 2023.
A expectativa para esta fase do empreendimento é chegar a pelo menos 5.000 toneladas por ano de óxido de terras raras, ao longo de 25 anos, com um potencial de ampliação da capacidade e vida útil, por meio da otimização da planta e da ampliação das reservas minerais.. Grossi se diz orgulhoso da obra, que adotou, na suas palavras, “um padrão elevado de saúde e segurança para proteger nossas equipes, as partes interessadas locais e o meio ambiente ao redor de nossas operações”. Com o projeto, a Serra Verde deve se tornar a terceira produtora em escala mundial e a primeira fora da Ásia a produzir os quatro ETRs magnéticos, elementos essenciais para a fabricação de ímãs permanentes usados em motores de veículos elétricos e geradores de turbinas eólicas. Isso torna seu depósito em Minaçu (GO), um ativo estratégico nas cadeias de valor emergentes de produção global de super-ímãs, que são os mais potentes entre todos os ímãs. Ao contrário de muitos depósitos explorados por outros produtores de ETR, os depósitos de argila iônica como os da SVPM, são particularmente atraentes, permitindo o emprego de técnicas de mineração a céu aberto, de baixo risco e a utilização de tecnologia de processamento padronizada, desenvolvida “in house”, que dispensa o uso de explosivos, reagentes químicos ácidos e outros produtos perigosos.
PROJETO DE EXPANSÃO
Uma ampliação significativa da base de recursos e reservas viabilizará uma possível expansão da Fase II do depósito em Minaçu, com o objetivo de duplicar a produção de minério bruto antes do final desta década. Thras Moraitis, CEO do Grupo Serra Verde, afirma que “alcançar este marco não teria sido possível sem a habilidade, trabalho árduo e dedicação da equipe da Serra Verde, e estou imensamente orgulhoso de seus esforços”. Moraitis declara ainda que “A Serra Verde é uma operação de classe mundial, e a qualidade de seus produtos e opções de crescimento a tornam um ativo único, com o potencial de ser um pilar sobre o qual o setor de ímãs permanentes pode começar a diversificar suas cadeias de suprimentos. Já iniciamos os primeiros passos com relação à analise das opções de crescimento à nossa disposição, incluindo desbloqueio de gargalos e melhoria das recuperações em nossa fase atual, acelerando o potencial de expansão da Fase II do depósito e explorando ainda mais nossa ampla área de concessão”.
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