Marco Stefanini, CEO global da Stefanini, anunciou crescimento de 10% da empresa no mundo, chegando ao um faturamento de R$ 3,3 bilhões. Uma das empresas brasileiras mais internacionalizadas, com presença em 41 países, sua receita passa de 50% no exterior.

Quase R$ 1 bilhão desse faturamento vem de ventures, que são empresas focadas em serviços digitais. Elas impulsionaram o grupo nos últimos quatro anos e nesse exercício cresceram 35%.

Esse negócio chamado pela Stefanini de ecossistema digital aloca empresas nas divisões de tecnologia, banco, análise e inteligência artificial, indústria e marketing. O CEO avalia que a participação dessas ventures devem crescer ainda mais nos próximos anos, passando a ter participação em mais da metade da receita do grupo.

“No segmento de manufatura, a indústria 4.0 tem ganhado bom ritmo nesse semestre e a perspectiva para o ano que vem são muito positivas”’, avalia Marco.

Na área de indústria, a Stefanini atua com a IHM, uma venture focada em automação industrial adquirida pelo grupo em 2015 e com sede em Belo Horizonte (MG).

Foi naquele ano que os negócios de transformação digital começaram a crescer no mercado, explica Sylvio Leal Barbosa, consultor de negócios, canais e marketing da Stefanini.

Ele ressalta que a empresa tem como carro chefe de atuação na área de indústria os segmentos de mineração e siderurgia.

“Muitas das empresas de equipamentos nessa área são parceiros nossos”, diz. Ele explica que a Stefanini tem papel de integrador, agregando equipamentos de diversos fornecedores.

O fornecimento da empresa para a mineração envolve principalmente eletrocentros, instrumentação, automação e TI. “Todo o projeto nosso começa em geral a partir de uma necessidade de otimização do cliente”, afirma.

A Stefanini já desenvolveu vários projetos à mineração. Recentemente, implantou o uso de drones em uma unidade da Yara no sul do país, para fazer levantamento de inventário em local de armazenamento de fertilizantes.

“O grande desafio desse projeto foi que o galpão de armazenagem é fechado, com vários pilares, e o drone tem que circular nesse ambiente confinado para fazer o levantamento”, explica.

O drone eliminou a trabalho que levava horas de uma pessoa para contabilizar o material estocado a partir de medição por sensores.

Outro projeto foi aplicado em um rejeitoduto de 3 km em uma mineradora. A solução para monitoramento para identificar falhas seria por meio de instrumentação, mas foi adotada solução de ciência de dados onde se é capaz de diminuir sobremaneira o tempo de detecção de problemas no duto.

Sylvio lembra que a ciência de dados, que é a análise de muitas informações ao mesmo tempo para extração de conhecimento, vem crescendo bastante e tem papel relevante nas aplicações de transformação digital nas empresas. (Augusto Diniz)

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