Força tarefa montada pela empresa trabalha para minimizar danos ambientais e sociais nas cidades afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão

Após o acidente em Mariana (MG), ocorrido em 5 de novembro, a Samarco reuniu a imprensa, comunidade e autoridades para expor as ações para reparar os estragos, causados pelo rompimento da barragem de Fundão, bem como atividades de apoio à população atingida. Durante esses encontros, Ricardo Vescovi, presidente da empresa, lamentou profundamente, em nome da mineradora, os danos ambientais, sociais e as vidas perdidas em função do acidente, e ressaltou que a mineradora não poupará esforços e recursos para garantir o atendimento humanitário e a remediação ambiental das cidades afetadas pela tragédia.

Para auxiliar nos trabalhos, a empresa mobilizou 686 pessoas, entre funcionários próprios e de empresas terceirizadas. Em 11 de dezembro, foi feita a transferência de 50% das famílias desabrigadas para residências temporárias alugadas pela companhia. Com isso, 200 das 393 famílias afetadas pelo acidente da barragem nos distritos mineiros de Mariana e em Barra Longa estão em condições adequadas de moradia. Ao todo, 754 pessoas foram acomodadas. Segundo a mineradora, a reacomodação das demais famílias que permanecem em hotéis, pousadas e casas de parentes na região, que totalizam 545 pessoas (em 15/12), prossegue diariamente, com participação ativa da Secretaria Municipal de Assistência Social.

Em relação ao abastecimento de água prejudicado em função do escoamento da lama da barragem pelo curso do Rio Doce, a empresa implantou pontos de distribuição de água em Colatina e Governador Valadares. Além disso, a Samarco realizou um trabalho conjunto com as equipes técnicas do Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE – de Governador Valadares, a COPASA e empresas fornecedoras de produtos para tratamento de água, para processar água bruta e fornecer água tratada. Segundo laudos técnicos apresentados pela empresa, o rejeito proveniente da barragem não é tóxico.

Os municípios que foram impactados pelo abastecimento de água do Rio Doce estão sendo contemplados pelas ações acima. Os municípios afetados em Minas Gerais foram: Bento Rodrigues, Cláudio Manoel, Camargos, Paracatu de Cima, Paracatu de Baixo, Pedra, Campinas, Borba, Gesteira, Barra Longa, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Bela Oriente, Periquito, Pedra Corrido, Alpercata, Governador Valadares, Tumiritinga, Galilé, Resplendor, Quatituba, Itueta, Aimorés. No Espírito Santo: Baixo Guandu, Colatina, Marilândia, Linhares, Regência e Povoação.

As ações da empresa envolvem também o apoio financeiro a pescadores e ribeirinhos, com a distribuição de cartões de débito para essas pessoas que tiveram a subsistência impactada pelo acidente da barragem em Mariana. Os cartões foram entregues no dia 10 de dezembro, em Resplendor (MG) e Colatina (ES), durante reuniões com os líderes de oito associações e colônias que representam os pescadores do Vale do Rio Doce. O plano vai atender trabalhadores de 37 municípios, ao longo de 600 km do Rio Doce, que estão impedidos de exercer suas atividades no rio.

A mineradora entregou também cartões de auxílio financeiro para 50 famílias da sede e distritos do município de Barra Longa que perderam sua fonte de renda após o acidente da barragem. Por meio dele, será repassado mensalmente, e em caráter temporário, um salário mínimo para cada família, mais um adicional de 20% do salário para cada um dos dependentes e cesta básica no valor de R$338,61. A entrega continua sendo feita até que todos os núcleos familiares elegíveis sejam atendidos.

Como ação preventiva, espécies de peixes e crustáceos das regiões de Baixo Guandu, Colatina, Linhares e Aimorés foram resgatados e encaminhados para outros cursos d’águas, com características semelhantes ao de seu habitat original. A Aqua Ambiental, especialista em monitoramento do Meio Ambiente, e o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), empresas contratadas pela Samarco, coletaram 2.308 espécies entre Linhares e Baixo Guandu. Ao todo, mais de 150 mil exemplares foram transferidos.

Em Aimorés, o trabalho está sendo feito pela empresa Brandt Meio Ambiente, consultoria especializada em programas e estudos na área ambiental, responsável pelo resgate de outras 244 espécies. Após a coleta dos peixes as empresas estão realizando trabalhos técnicos como catalogação e identificação de espécies nativas e exóticas.

A empresa, que contribui com 80% da arrecadação de impostos em Mariana e geração de emprego, anunciou que segue com os trabalhos de investigação sobre acidente, ao mesmo tempo em que manterá a intensidade das ações mitigatórias juntos as comunidades e meio ambiente

Números do acidente

62 milhões m3 de rejeitos liberados

1,5 mil hectares de vegetação e 158 casas destruídas

35 cidades afetadas pela lama

218 famílias acomodadas em novas casas

811 famílias com atendimentos psicossociais

Mais de 5 mil peixes e animais terrestres resgatados

314 milhões de litros de água potável e 32,3 milhões de litros de água mineral disponibilizados em MG e ES

7 comunidades e subdistritos afetados pela lama

7 pontes reconstruídas