Solução para britagem móvel está auxiliando a mina Salobo a melhorar os acessosda mina e reduzir a perda prematuras dos pneus

O desafio enfrentado na mina de cobre Salobo da Vale, no Pará, estava relacionado ao transporte do material nos acessos da mina, onde pedras causavam um desgaste rápido ou rasgos dos pneus dos caminhões, levando a trocas frequentes desses componentes. Nesse sentido, a manutenção dos pneus começou a impactar os custos.

Com seu conhecimento tanto em mineração quanto em agregados, a Metso propôs alugar plantas móveis de britagem (conjuntos Metso modelos NW96 e NW200HPS, além de conjunto sobre esteiras Lokotrack LT116) e alimentadores para produzir a gradação correta de cascalho e melhorar a condição dos 30 km de acessos internos usados pelos caminhões de grande porte.

A empresa não se limitou a apenas fornecer os equipamentos para britar o cascalho, mas por meio de um contrato de serviços para o ciclo de vida (LCS) incluiu também a manutenção dos equipamentos e o acompanhamento dos indicadores de desempenho (KPI’s).

O contrato final assinado cobria um período de dois anos e passou por algumas modificações nos meses iniciais, uma vez que a produção de cascalho aumentou de 80.000 toneladas/mês para mais de 280.000 toneladas/mês a pedido da Vale. A Metso disponibilizou um total de 50 especialistas para operar e fazer a manutenção dos britadores móveis, o que ajudou a manter os equipamentos alugados produzindo um fluxo contínuo de cascalho, para manter a qualidade dos acessos e praças de carregamentos em boas condições.

Localizada no estado do Pará (região Norte do Brasil), a mina de cobre Salobo da Vale iniciou a produção em 2012. Esse foi o segundo projeto greenfield de cobre desenvolvido no Brasil pela mineradora global e que possui uma produção anual estimada de 518.000 toneladas de concentrado de cobre por ano, sendo que o depósito possui uma estimativa de 1.18 bilhões de toneladas. Um dos pontos chave no planejamento da mina Salobo foi seu desenvolvimento sustentável. Aproximadamente 98% da água usada na mina foi programada para reuso além de terem sido feitos investimentos consideráveis na estrutura local, saúde e educação antes do início das operações. Estes investimentos foram feitos visando à operação sustentável da mina a longo prazo, sendo que está nos planos dobrar a produção nos próximos anos.

Produção de cascalho é de mais de 280 mil t/mês

As operações na mina Salobo abrangem a produção da mina a céu aberto e também o processamento do cobre extraído. A configuração do processo envolve a passagem do material pelos britadores, prensa de rolos, moinhos, ciclones e, finalmente, pelas áreas de flotação e filtragem, onde um concentrado contendo entre 36 a 40% de cobre é produzido. O concentrado de cobre é então transportado por caminhões até o terminal ferroviário existente em Parauapebas, do ponto ao qual é transportado por trem até o terminal marítimo Ponta da Madeira, no estado do Maranhão.

Adicionalmente, a mina Salobo encontrou um benefício colateral por possuir uma alta capacidade de britagem disponível na planta. A mina foi capaz de usar uma parcela da capacidade disponível do britador para testar alguns excessos de resíduos que se acumularam pela planta e separar os finos abaixo de 50mm. Uma vez que os finos foram removidos, o material restante acima de 50mm foi classificado como tendo gradação suficiente para ser redirecionado através do processo, incrementando os níveis de produção e reduzindo os volumes de rejeitos dispostos.

Com o contrato em vigor desde Novembro de 2013, as condições dos acessos da mina melhoraram consideravelmente. A vida útil dos pneus dos caminhões da Vale foi aumentada em mais de 50%, reduzindo significativamente as despesas reposição e também as horas paradas com manutenção. Com menos caminhões parados para troca de pneus, a produção na planta cresceu. O benefício principal do contrato LCS da Metso com a mina foi que o acordo de aluguel permitiu a Vale Salobo evitar grandes investimentos de capital. Os britadores móveis alugados foram flexíveis o bastante para atender demandas altas e variáveis para o cascalho requerido. O equipamento alugado estava coberto por um contrato de manutenção para o ciclo de vida, conduzido pelo pessoal treinado da Metso.