Adiada do ano passado por causa da pandemia, a Minexpo abriu nesta segunda (13/9) a exposição de equipamentos e sistemas no centro de convenções de Las Vegas, nos Estados Unidos. Segue abaixo desenvolvimentos recentes da indústria global de mineração, que serão apresentados pelos expositores e visitantes no decorrer da Minexpo, que vai até 15 de setembro. 

A Siemens divulgou que instalou sete sistemas de correias de longo distância com acionamento gearless nos 10 anos recentes, incluindo projetos recentes como Quellaveco no Peru, Oyu Tolgoi na Mongolia e uma nova mina no Tibet a 5 mil m de altitude. 

A GroundProbe abriu um novo centro de Suporte Geotécnico em Belo Horizonte (MG), que vai fazer monitoramento remoto 24 horas, por radar e laser, de taludes de cava e barragens de rejeitos. Esse centro se junta a outros dois em Santiago, no Chile, e Balikpapan, na Indonésia, que atuam em quatro idiomas, inclusive português. 

A Rolls Royce e MTU vão colocar em teste caminhões de mineração com o motor MTU Tier 4, de baixíssima emissão, combinado com baterias de lítio recarregáveis, já aprovados para uso ferroviário, em testes de campo que começam na Inglaterra com um caminhão de 220 t. As baterias são recarregadas nas rampas de descida nas cavas. 

A Komatsu Mining formou aliança com Rio Tinto, BHP, Codelco e Boliden da Suécia para desenvolver um caminhão conceitual que possa operar com variedade de motorização, começando pelo clássico diesel-elétrico, elétrico puro, alimentação por cabo aéreo, bateria e até célula de hidrogênio. 

A Anglo American já está operando a primeira perfuratriz Epiroc na sua mina de cobre Los Bronces, no Chile, a partir do centro de operação remota instalado em Santiago, na capital chilena. Até fins de 2022, serão cinco operatrizes operando em modo autônomo.

A Chemours adotou Unidades Móveis de Mineração projetadas pela Mineral Technologies da Austrália, para extrair areias minerais de titânio e zircônia na Florida, Estados Unidos, substituindo a técnica convencional de dragagem e caminhão. Essas unidades móveis usam trator e escavadeira para alimentar um silo. O material é desagregado em seguida e processado a jusante.

A First Mode é o nome do fornecedor de célula de hidrogênio, baseado em Washington, Estados Unidos, que vai ser a parceira da Anglo American no seu projeto piloto para converter uma frota existente de caminhões na África do Sul, substituindo o uso do diesel.

Segundo a revista International Mining, que é parceira de conteúdo da revista Minérios & Minerales, a Vale estará operando 21 perfuratrizes autônomas até fins do ano, nas minas de Carajás, Brucutu e Itabira. A tecnologia utilizada é fornecida pela Flanders Ardvarc.

A principal mineradora de ouro da Rússia, Polyus, revelou numa reunião com analistas financeiros que o uso de flotação tem gerado bons resultados nas suas mina Olimpiada e Blagodatnoye.  Ao adotar a célula Jameson, obteve ganho de até 0,45% na recuperação de ouro — um índice que parece inexpressivo, mas que produziu 7 mil onças de ouro no ano.

O uso de flotação flash da Metso Outotec elevou a recuperação em 1,1%, equivalente a 20 mil onças de metal em 2020.

Como exemplo no avanço da tecnologia digital, a Lundin Mining e sua parceiro Mobilaris desenvolveram um tag virtual para posicionamento de pessoal e equipamento na mina subterrânea de Zinkgruvan, na Suécia. A chave foi uma rede chamada LTE, de alta velocidade e capacidade, compatível com 5G quando disponível.  O tag fica num celular, funciona no subsolo e na superfície, “scaneando” continuamente células de rádio LTE, wifi e GPS. As imagens geradas são vistas no centro de controle em tempo real.

A Microsoft anunciou em maio passado seu programa Transforma Chile, no país vizinho, dedicado a acelerar a transformação digital da economia do país como ferramenta para retomada do crescimento. Dentro desse programa, a Codelco assinou um acordo específico para aceleração digital das suas operações e negócios.