Responsável por um dos maiores projetos de infraestrutura atualmente no Brasil, que vai criar um corredor logístico de integração e de exportação, a Bamin está investindo R$ 20 bilhões na Mina Pedra de Ferro, em Caetité, na Bahia, e em solução de logística integrada no Porto Sul (em Ilhéus) e no Trecho 1 da FIOL – que ligará Caetité a Ilhéus, com 537 km de extensão. A expectativa é que os projetos fiquem prontos em 2026, quando a Bamin espera que a Bahia se torne o terceiro maior produtor de minério do país: 26 milhões de toneladas/ano, a maior parte para exportação, devido à qualidade do minério de ferro premium (DSO 65).

 O corredor logístico também beneficia o agronegócio e outras cadeias produtivas, que obterão ganhos com economia de escala, com a conexão de regiões produtoras até os mercados consumidores internacionais.

Atuando no Brasil há 17 anos, a Bamin acelerou os projetos integrados na Bahia desde 2019, com o início da produção do minério de ferro na Mina Pedra de Ferro. Atualmente, opera com capacidade de produção de até 2 milhões de t/ano e tem como meta a produção total de 18 milhões t/ano. As obras de acesso do Porto Sul, em Ilhéus, tiveram início em 2020. No ano seguinte, a empresa ganhou a concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste – FIOL Trecho 1.

O minério de ferro premium (DSO 65) é reconhecido pelo mercado internacional como de elevado grau de pureza. O processo de beneficiamento demanda menor volume de água e energia e, na siderurgia, permite a redução de emissões de CO2, elevando a performance da indústria. Com as metas do acordo climático para 2050, esta matéria prima será demandada cada vez mais pelos mercados.

 “A Bahia vive um momento de transformação histórica em termos de desenvolvimento sustentável. Muitos municípios já vivem as expectativas de transformação social e econômica com a geração de empregos diretos e indiretos e de geração de renda. Tudo isso é promovido pela mineração. A nova ordem das siderúrgicas, hoje, é buscar minérios de alta qualidade, reduzindo a emissão de CO2, alinhadas à global necessidade de descarbonização. E a Bahia tem um tremendo potencial de ser um estado provedor de minério premium. Há diversos projetos aguardando a infraestrutura necessária para chegar ao mercado. Em menos de cinco anos, a Bahia vai se consolidar como o terceiro maior produtor de minério de ferro do Brasil”, afirma Eduardo Ledsham, CEO da Bamin.

A FIOL Trecho 1 e o Porto Sul são soluções logísticas a serviço da mineração, do agronegócio e de todas as outras cadeias produtivas, viabilizando e estimulando novos negócios em mais de 20 municípios ao longo do traçado da ferrovia, com produtos e matérias primas destinadas ao Porto Sul e ao comércio exterior, para exportação e importação.

“As oportunidades que podem surgir ao longo da ferrovia são enormes. Há outras mineradoras com depósitos próximos, novas descobertas acontecendo. Isso tudo vai acelerar porque a infraestrutura será realidade, já tendo a carga da Bamin como garantia. Naturalmente, os produtores que tiverem interesse vão aparecer e nós estamos abertos a conversar”, afirma Ledsham.

 FERROVIA A FIOL

Trecho 1 terá capacidade para movimentar 60 milhões de t/ano, com a Bamin utilizando 40% desse potencial. Os 60% restantes dessa capacidade estarão disponíveis para o agronegócio e outras mineradoras, bem como para todos os demais setores que precisam escoar seus produtos e receber insumos, máquinas e implementos agrícolas. Para concluir a ferrovia o investimento da Bamin será de R$ 3,3 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão em obras civis e R$ 1,7 bilhão em material rodante, como vagões e locomotivas. A subconcessão terá a duração de 35 anos, cinco para a construção e 30 para a operação. Com 75% do projeto executado, as obras da FIOL, sob responsabilidade da Bamin, serão iniciadas em 2023.

PORTO

Desde 2020 o Porto Sul vem avançando nas obras de acesso. Em setembro de 2021 foi inaugurada a ponte sobre o Rio Almada, que conecta a rodovia BA-001 à futura área industrial do porto. O Porto Sul é um terminal de águas profundas e poderá receber navios com capacidade de até 220 mil toneladas e é projetado para movimentar até 42 milhões de t/ano. A Bamin utilizará 60% da capacidade operacional, disponibilizando 40% para outras cargas, como do agronegócio e de outras mineradoras.