A Hydro investiu cerca de R$ 30 milhões na fase de testes da metodologia que permite a destinação final de rejeitos em áreas já mineradas, e recebeu licença de operação da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará.
O projeto, segundo a empresa, é pioneiro no setor, e esteve em testes desde julho de 2019 na Mineração Paragominas, mina de bauxita.
A metodologia elimina a necessidade de construção de novas barragens permanentes de rejeitos, ou mesmo a necessidade de adicionar camadas às estruturas existentes, aplicando a metodologia conhecida como “Talings Dry Backfill”, que deposita rejeitos secos inertes em áreas já mineradas.
A aplicação dessa metodologia no Brasil é um passo importante em termos de sustentabilidade do setor, aumentando a segurança operacional e avançando significativamente nos trabalhos de redução da pegada ambiental da Hydro.
Os testes foram concluídos em dezembro de 2020, quando o projeto recebeu a aprovação do licenciamento operacional da Secretaria de Meio Ambiente.
A tecnologia Tailings Dry Backfill permite que os rejeitos inertes da mineração de bauxita sejam devolvidos às áreas já abertas e mineradas, antecedendo o processo de reabilitação, ao invés de serem depositados em áreas separadas e permanentes de armazenamento.
Após a secagem em depósito temporário por 60 dias, os rejeitos de bauxita são devolvidos às áreas mineradas, antes do local ser reabilitado e reflorestado.
O rejeito proveniente da mineração da bauxita, de acordo com a Hydro, é química e fisicamente similar ao que foi retirado durante o processo de lavra.
Na recuperação dessas áreas, a forma original do solo é reproduzida, com adição de matéria orgânica. Em seguida, a terra é preparada para receber as mudas que vão restabelecer a cobertura vegetal.
A Mineração Paragominas possui dois sistemas de barragem para armazenamento de rejeitos de bauxita. Ambos utilizam uma metodologia de disposição de rejeitos baseada na operação alternada de seus reservatórios, permitindo a secagem dos rejeitos em cada reservatório combinando drenagem e evaporação, o que resulta em rejeitos com índice mínimo de 60% sólido, informa a empresa.
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