Líder nas Américas na produção de metais preciosos, a Hochshild trouxe para o painel Novos Projetos, do Workshop Opex 2023, uma atualização de status do projeto de ouro Mara Rosa, em Goiás, assumido pela empresa após a aquisição da Amarillo Mineração do Brasil, em 2022. O palestrante foi Edson Reis Del’Moro, country manager Brasil do grupo.
A Hochshild é uma empresa peruana de mineração de ouro e prata, listada na Bolsa de Valores de Londres, e que atualmente, possui operações ativas na América do Sul em Peru e Argentina, além do Brasil. O ativo Mara Rosa está em fase de execução, tendo sua implantação sido iniciada em maio de 2022. “Trata-se de um open pit localizado no município de Mara Rosa, região com excelente infraestrutura no Norte do Estado de Goiás”, resumiu Del Moro, no evento ocorrido dias 23 e 24 de maio na Fundação Dom Cabral, em Nova Lima (MG).
Ele começou sua palestra fazendo uma apresentação da companhia. “Com foco em pesquisa e desenvolvimento, a Hochschild conta com 66 mil hectares em requerimento de lavra, sendo, desse total, 2,4 mil hectares já com portaria de lavra”, informou. Em 2021, o projeto recebeu a primeira Licença de Instalação e atualmente encontra-se na etapa de construção, com previsão de produção para o primeiro semestre de 2024. Alguns marcos importantes destacados por Del Moro sobre o empreendimento: • Descoberto pela BHP nos anos 1980 e operado pela Western Mining (1990s). • Vendido para a Metallica (1998), para a Amarillo Gold (2004) e adquirido pela Hochschild Mining em 2022. • Excelente infraestrutura é um destaque, incluindo acesso à mina, rodovias federais, serviços e mão-de-obra.
Nos quatro primeiros anos de operação, a Hochschild planeja produzir 103 mil onças de ouro, com teor 1,21 g/t. Após dez anos de vida útil, as projeções indicam uma produção de 80 mil onças de ouro com teor 1,18 g/t. “Temos potencial de expansão e uma previsão de investimentos de US$ 200 milhões” disse o executivo. Atualmente está em construção uma linha de transmissão de energia elétrica de 138 kW, com 67 km de extensão, de Porangatu até a mina. Todo o empreendimento, segundo Del Moro, dará importante contribuição à economia local, com o emprego de 1.600 profissionais na fase de construção, entre diretos e indiretos.
Desse total, serão 810 na operação, entre diretos e indiretos. O projeto segue uma tendência global do setor e da economia de priorizar a mão de obra local, que representa 72% da força de trabalho atual. A diversidade também é um objetivo intrínseco ao empreendimento, segundo o chairman, com total de 26,27% de mulheres nos seus quadros. “Quase 200 desse total são dos municípios de Mara Rosa e Amaralina, o que evidencia o impacto positivo na economia da região”.
SUSTENTABILIDADE
Para atender às demandas da Hochschild e de outras empresas da região, o grupo investiu na capacitação de micro, pequenas e médias empresas de Mara Rosa e Amaralina. Além disso, estimulou a expansão e criação de novos negócios. “Nosso objetivo é deixar um legado de crescimento perene e sustentável. Para tanto temos um programa de formação e capacitação de mão- -de-obra local, com mais de 100 cursos já realizados”, disse Del Moro.
Ela falou também sobre as preocupações da Hochschild com sustentabilidade, nas quais a tecnologia implantada é a Dry Stacking, com a utilização de filtro prensa que elimina a barragem e produz uma torta de rejeito com 12% de umidade a ser empilhada a seco. “É um processo que utiliza menos água nova, é mais seguro e protege o meio ambiente. Além disso, traz o fortalecimento para a licença social”. Del Moro falou ainda sobre o programa de educação ambiental e patrimonial Trilha do Conhecimento, lançado em setembro de 2022, que contempla um circuito de 400 m integrando os diversos programas socioambientais da Hochschild.
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