Um dos mais importantes produtores de calcário dolomítico e britas para construção civil e siderúrgicas do Brasil, voltado especialmente para o mercado do Norte e Nordeste do país, o Grupo J. Demito vem comemorando a expansão dos negócios para outras regiões do país e crescimento anual da produção, na casa dos 25%. E tem planos para continuar a expandir. Nos últimos dois anos, o grupo, fundado há 38, aumentou a área de abrangência geográfica, passando de cinco para 14 unidades ao ampliar os negócios para o Centro-Oeste.

Passou a atender a nova fronteira agrícola do Brasil, conhecida como Matopibapa – acrônimo que denomina a região formado pelo estado do Tocantins e partes do Maranhão, Piauí e Bahia. Atualmente, a produção corresponde a 60% do mercado da região e a 15% do mercado brasileiro. E pode ajudar o país a reduzir a dependência dos fertilizantes importados. “No segmento de calcário, basicamente utilizamos produtores nacionais. Por isso, que o grupo tem perspectiva de expansão, porque está imbuído do desenvolvimento econômico e do agro.

A visão do grupo é prover os investimentos necessários prezando a qualidade, para que o desenvolvimento econômico seja suportado. Além de 14 plantas, detemos mais de uma centena de direitos minerários. Estamos na fase de consolidação, tendo a possibilidade de prospectar novos negócios”, comemora Rubens Escobar, presidente do Grupo J. Demito. A produção passou, nos últimos dois anos, de 4,5 milhões de toneladas para 7,5 milhões de toneladas. Escobar explica que o calcário é um corretivo de solo, que tem característica ácida. Ele neutraliza o pH do solo. Para se adequar aos níveis ideais, alterando a dinâmica da disponibilidade de nutrientes no solo e possibilitando o bom crescimento e desenvolvimento vegetal, uma prática fundamental é conhecida como calagem.

Ela possibilita ajustar o pH para faixas consideradas ideais para o crescimento e desenvolvimento das plantas, refletindo em boas produtividades das culturas agrícolas. E uma característica chave no momento de escolha para um corretivo agrícola de solo é o PRNT, sigla para “Poder Relativo Neutralizante Total”. Trata-se de um bom parâmetro a ser analisado por resumir de maneira direta e indireta diversas características relacionadas a um corretivo de solo. “Quanto maior for esse fator, maior a qualidade e, consequentemente, mais rápida é a reação do solo. Calcário é um corretivo de solo, tem uma característica ácida e o calcário neutraliza o pH. Fazendo uma analogia, ele seria um ‘Sonrisal’ do solo. Nosso time tem expertise, com informações para que o produtor utilize a correta dose a ser aplicada na correção do solo”, afirma Escobar.

GUERRA NO LESTE EUROPEU

A incerteza provocada pela disputa entre Ucrânia e Rússia – principal fornecedor do fertilizante usado nas lavouras brasileiras – na guerra iniciada em fevereiro do ano passado, não afetou os planos de expansão do Grupo J. Demito. “Percebemos que não teve muita influência. Houve uma queda relevante nos preços das commodities, tanto da soja como do milho, e o que a gente percebe são os produtores retendo os grãos para uma comercialização mais para frente, esperando a volta dos preços.

Essa retração afeta parte da cadeia de fertilizantes, de sementes, mas chega um determinado momento que o produtor vai precisar comercializar as sementes”, diz o presidente Rubens Escobar, que disse ter grande expectativa para o sucesso do Plano Safra anunciado no mês passado. A história da empresa começou em 1985, com uma pequena mineradora. Atualmente conta cerca de mil colaboradores e 14 unidades – Caltins Natical, Minerax, Supercal, Calpi, Formacal, Gessotins, Império Caltins, Oestecal, Poxotins, Minertins, Nobretins, Caroltins e Calnamix. Uma abrangência que pode ajudar o Brasil a reduzir a dependência dos fertilizantes importados. Além de oferecer produtos com alto nível de qualidade, a empresa também se orgulha de estar fortemente envolvida nas questões socioambientais.