A comitiva brasileira da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) apresentou no dia 07 de fevereiro, em Kingston, Jamaica, a submissão para aprovação do plano de trabalho para exploração de crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto, na elevação do Rio Grande, área do Atlântico Sul, situada além da área sob jurisdição nacional.
A proposta apresentada pelo Brasil é resultado de mais de quatro anos de estudos e atividades da CPRM, que contou com a participação de mais de 60 estudantes e pesquisadores brasileiros de diferentes instituições e áreas de formação.
A apresentação feita para a comissão técnica da ISBA (Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, em inglês), pelo diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, Roberto Ventura, e pelo professor Angel Perez da Univale (Universidade do Vale do Itajaí) contemplou, além dos aspectos relativos à pesquisa geológica marinha, estudosa serem realizados no Alto do Rio Grande. Participaram também da reunião o representante brasileiro permanente na ISBA, o Embaixador Antônio Francisco da Costa e Silva Neto e os coordenadores executivos da CPRM Claudia Rezende e Eugenio Frazão.
Importância estratégica
A presença de crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto é considerada de relevante potencial científico e econômico. O plano de trabalho também é estratégico para o Brasil, pois possibilitará o desenvolvimento da tecnologia de ponta, qualificação de pessoal, formação de recursos humanos e a expansão do Brasil no Atlântico Sul. A execução do plano de trabalho dará papel de destaque para as pesquisas no Atlântico Sul, contribuindo para maior inserção do Brasil no cenário internacional. Essa região possui importância político-estratégica, uma vez que o Contrato de Exploração com a ISBA irá assegurar ao Brasil o direito exclusivo de exploração por quinze anos.
Nos últimos anos, diversos países vêm desenvolvendo atividades de pesquisas no Atlântico Sul, com destaque para França, Rússia, China e Alemanha.
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