Setor sofre com a queda do preço da commodity e com a burocracia dos licenciamentos ambientais
Representantes do setor mineração, junto com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL/MG), discutiram a Agenda Propositiva do Programa de Competitividade Industrial Regional para o segmento, no dia 26/05, no Bristol Metropolitan Hotel. Foram debatidos os gargalos e as oportunidades para o desenvolvimento do setor nos próximos anos.
O setor passa por tempos difíceis com o baixo preço da commodity. “Há uma dificuldade na atração de investimentos para o desenvolvimento dos projetos e também há uma perspectiva de que muitos projetos não tenham viabilidade econômica nesse cenário de preço”, afirma Cristiano Monteiro Parreiras, diretor Administrativo do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra).
O setor mineral, especialmente o minério de ferro, é o carro chefe das exportações tanto de Minas, quanto do Brasil. De um ano pra cá, houve uma queda de mais de 60% nos preços, que vem impactando severamente a atividade de produção extração mineral e consequentemente as cidades mineiras. Há cerca de dois anos, a tonelada chegou a valer quase US$ 160. Hoje está na casa dos US$ 60. A queda no preço da tonelada se deu por causa do crescimento da oferta de minério de ferro mundial e dos estoques chineses.
Além do alto custo da energia elétrica, Parreiras também cita como um importante gargalo do setor, as dificuldades enfrentadas nos processos de licenciamento ambiental. “Sabemos que o Estado tem feito um esforço para destravar os licenciamentos com uma força-tarefa, e esperamos que a situação melhore para que o setor não perca ainda mais em oportunidades e competitividade”, diz.
As informações que deram subsídios para a agenda partiram de um estudo feito pelo IEL/MG, por meio de sua Gerência de Projetos Coletivos para a Indústria. O levantamento integra o Programa de Competitividade Industrial Regional, cujo objetivo é traçar um plano de desenvolvimento de curto, médio e longo prazos para cada Regional da FIEMG no estado. Ao todo, 28 setores serão analisados, sendo seis por meio de Agenda Propositiva, com participação mais ampla de entidades, e 21 com reuniões técnicas. A meta é consolidar os dados até outubro deste ano para dar início ao planejamento de ações.
Fonte: Redação MM
Últimos Comentários