A CSN Mineração foi uma das primeiras empresas do ramo mineral brasileira a aplicar a filtragem de rejeitos em larga escala, na mina Casa de Pedra, visando a sustentabilidade social e ambiental. Filtrar e empilhar 100% do rejeito demonstra a envergadura deste desafio. Desde janeiro de 2020, não há descarte na barragem de

rejeito.

Em 2013, iniciaram-se os estudos referente à filtragem de rejeitos. Em dezembro de 2015, foi definido pela alta gestão da CSN Mineração que até o final de 2019, não haveria mais o armazenamento de rejeitos pelo método de barragens. Em 2017, foram realizados estudos de engenharia e a aquisição do sistema de filtragem na unidade Casa de Pedra, em Congonhas (MG). Este projeto foi implantado em duas etapas, filtragens 1 e 2, cujas operações iniciaram-se em agosto de 2018 e junho de 2019, respectivamente.

Para acelerar o ramp up e cumprir o prazo de até o final de 2019 não lançar rejeito na barragem, foi montada uma

verdadeira força tarefa que envolveu as áreas de projeto, processo, pré-operação, operação e manutenção. Mais do que uma equipe multidisciplinar, foi criada uma estrutura organizacional para executar o projeto.

Foram várias ações, nas quais destaca-se: operação contínua, instrumentação, automação, aumento de rendimento operacional, taxa de alimentação e redução no tempo de ciclo.

As ações significativas implementadas foram mudança do regime operacional de batelada para contínuo e o desenvolvimento do reagente de floculação e seus periféricos (preparação, condicionamento e dosagem).

Em seguida, foram implantados instrumentos de primeira linha para controle de densidade.

A atual filtragem de rejeitos da CSN Mineração é capaz de processar 900t/h, e filtrar 100% do rejeito gerado na mina Casa de Pedra a partir de 2020.

Nota da redação — Este trabalho concorre ao 23º Prêmio de Excelência da Indústria Minero-Metalúrgica de 2021

Autores: Cézar Pinheiro, coordenador de produção; João Paulo Coelho, especialista em engenharia de processos; Jonathan Lima, coordenador de processos; Gustavo Almeida, engenheiro de controle e automação; Gustavo Bibiano, assistente de engenharia; Marcelo Dutra, engenheiro especialista; Ronaldo Rodrigues, técnico especialista; Wanderson Jesus, engenheiro de processos e Wellington Moreira, gerente processos, automação e filtragem de rejeitos – todos da CSN Mineração.