Pelo segundo ano consecutivo, a AdamaNT participou do Workshop Opex promovido pela Revista Minérios e Minerales. Spin off voltada para a mineração, focada em otimizar e digitalizar todos os fluxos dentro de uma mina, a empresa apresentou três produtos no evento: uma solução de computador de bordo, uma rede de conectividade na mineração e um software de otimização em tempo real da eficiência energética dos caminhões. Todos utilizando tecnologia para evitar desperdício, seja um motor ocioso – de um operador que não precisava estar com o caminhão ligado, ou a questão de logística, para evitar filas.

“Fazer mais com menos é o propósito. E é só a tecnologia que vai permitir isso. A mineração só vai crescer no mundo com a revolução energética. A necessidade de minerar e de movimentação de massa só aumenta. Então, temos que usar as ferramentas hoje disponíveis, que é a análise em tempo real e tomada de decisão de todos os ciclos operacionais dos consumos energéticos”, destaca Manuel Correa, CEO da AdamaNT.

De acordo com levantamento informado pela empresa, atualmente tem-se mais de 10% de diferença de consumo entre um motorista e outro – alguns deles com uma condução longe do índice considerado mais eficiente. Diante do tema proposto na 13ª edição do Workshop Opex, “Redução de custos, aumento de produtividade e otimização de processos na Mina e Planta”, a AdamaNT detalhou suas soluções inovadoras, que oferecem implementação e treinamento da equipe para a utilização da ferramenta, visando o entendimento de todo o time operacional, da responsável que está na central de controle e dos operadores/motoristas.  

O computador de bordo produzido pela spin off é instalado no caminhão, sendo gerenciado pela central de controle, onde fica a plataforma. O apontamento é automático em todos os ciclos do sistema. Pela conectividade entre máquinas e a proximidade de algumas regiões, consegue-se detectar em que momento do ciclo o veículo está. O condutor só precisa apontar os motivos da parada: se vai ao lanche, banheiro, sono, intempéries, etc.

“Existem vários processos nas companhias que fazem diálogo para conscientização. E com isso a gente digitaliza muito os processos que hoje ainda são apontados manualmente ou via rádio. Temos estações meteorológicas em campo que também automatização as condições, não precisa o operador dizer que não tem condições. Pela detecção da neblina, já conseguimos, no sistema, automatizar a condição de neblina. Com isso, você ganha mais segurança nas paradas e mais tempo no retorno à operação”, salienta Manuel Correa.

A AdamaNt oferece um pacote básico e outro direcionado, com o propósito de customizar soluções para cada empresa, por saber que cada fluxo, cada processo, tem suas particularidades.

“Fazemos uma prova de conceito para medir como era o consumo e os KPIs antes, liga a ferramenta e, ao longo desse processo, a gente customiza algumas soluções”, explicou o CEO, durante a 13ª edição do Workshop Opex.

A AdamaNT é uma spin off da Solinfitec, que vem do agro e desde 2007 desenvolve os conceitos de hardware, uma rede proprietária e software para otimização, visando redução dos insumos para produzir uma agricultura mais sustentável. A Adamant teve início para mineração em 2020. A pandemia atrapalhou um pouco o processo de crescimento, mas, no ano passado, finalizaram duas provas de conceitos em grandes players – um de minério de ferro na região de Congonhas e a CBA, de alumínio, na região de Muriaé.

“Temos a primeira versão 1 da nossa plataforma para mineração pronta. E um desenvolvimento contínuo, nos próximos três, seis meses, para ter nossa arquitetura de produtos completa. Com isso, buscamos parceiros que acreditem na revolução da digitalização na mineração e das inteligências de máquinas para redução dos custos operacionais, além de aumento da sustentabilidade das operações”, explica Manuel Correa.

Além dos grandes players, a AdamaNT acredita que suas soluções também atendam a pequenas e médias mineradoras que têm interesse na digitalização e que, às vezes, não têm uma maturidade tecnológica ou orçamento para ir criando tais soluções, cujos ganhos são exponenciais.

“Uma vez que os early adopters ingressam nessa indústria, não dá para voltar para trás em relação aos ganhos”, finaliza o CEO.