O especialista em prevenção de desastres, Pedro Aihara, tenente do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, trouxe à comunidade de Paracatu, em Minas Gerais, um pouco de sua experiência na área. Aihara ganhou visibilidade por sua atuação na tragédia de Brumadinho, em que mais de 270 pessoas morreram com o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, em 2019. Ele visitou Paracatu a convite da Kinross.

Ele explicou que cultura de prevenção envolve, antes de tudo, a percepção do risco.  Começa por saber quais os perigos envolvidos nas atividades que são ou serão realizadas –no lazer, no trabalho ou em casa. O passo seguinte é eliminar ou mitigar esses riscos identificados, quando possível. Na sequência, saber o que fazer diante de uma situação de emergência e, quando couber, treinar a conduta sobre como proceder em relação às ferramentas e recursos disponíveis”, afirma. Aihara complementa que “treinamentos devem ser levados a sério. Você achar que está preparado é diferente de estar preparado de fato”.

Na palestra, ele afirmou que estar preparado para lidar com situações de crise ou emergências faz toda a diferença em relação às consequências de um evento crítico. Aiahra lembra que um acontecimento assim pode estar fora de nosso alcance, como no caso de desastres naturais, incêndios florestais ou alagamentos. Entretanto, alguns podem estar diretamente relacionadas ao nosso comportamento. Um exemplo são os acidentes de trânsito ou aqueles que acontecem dentro de casa – quedas ou incêndios, entre outros.

Segundo êle, “prevenir ou lidar com um acidente está ligado às escolhas que são feitas pelas pessoas. São cuidados que envolvem a vida delas e das pessoas que estão à sua volta, seja o colega de trabalho ou alguém da família. É a cautela que nos incentiva a nos vacinarmos para nos precavermos contra as doenças, ou contratar um seguro seja ele qual for – de carro, de saúde, de vida ou de casa”.

Para o diretor de Sustentabilidade e Licenciamento da Kinross, Alessandro Nepomuceno, a cultura da prevenção é uma forma de proteger a integridade dos empregados, terceiros e das comunidades vizinhas às operações da empresa.  “A cultura de prevenção está no dia a dia das pessoas, só que a maioria nem se dá conta. Um exemplo é quando entramos em um carro e colocamos o cinto de segurança, ou quando obedecemos à sinalização de trânsito. O que queremos com esse bate-papo é estender esse conceito para as famílias de nossos empregados e para toda a população local”, concluiu.