Filtragem de ultrafinos é a proposta da empresa para aumentar a segurança e otimizar as operações minerais. Tecnologia foi apresentada no Encontro Nacional de Tratamento de Minérios e Metalurgia Extrativa (ENTMME)
Os dados mundiais sobre barragens de rejeitos de minério indicam que há aproximadamente 8 mil delas no seu limite operacional ao redor do globo. E mais: se nada for alterado, há a previsão de que aconteçam 17 falhas catastróficas nos próximos dez anos a partir de 2020. O problema? A grande geração de rejeitos de minérios e a concepção de engenharia adotada para sua disposição em barragens. No ano passado foram produzidas quase nove bilhões de toneladas somente no processamento de ferro e cobre. A preocupação é mundial e a Metso participa do esforço para reduzir o problema.
A contribuição mais recente da companhia aconteceu no Encontro Nacional de Tratamento de Minérios e Metalurgia Extrativa (ENTMME) 2019. Durante o evento, o engenheiro Vinícius Lisboa Souza detalhou a filtragem de ultrafinos como uma abordagem diferenciada para o problema do tratamento dos rejeitos. O especialista lembrou que a Metso tem várias tecnologias como filtros prensa, espessadores e ciclones, dentre outros, que podem ser adotadas no tratamento dos rejeitos e que contribuem para a redução do volume dos materiais que são depositados nas barragens tradicionais.
“Estamos falando soluções aplicadas ao tratamento de rejeitos desde a década de 1980, mas que agora são vistas com toda a atenção da sociedade, o que demonstra a importância de discutir o assunto num evento especializado como o ENTEMME”, argumenta. Ele lembra que a Metso tem, por exemplo, uma população de mais de 300 filtros instalados e operando de forma automatizada em todo o mundo. Entre os casos reais está uma mineradora canadense com três equipamentos instalados antes de sua barragem de rejeitos de níquel, processando cerca de 120 toneladas por hora. No Alasca, outra empresa adota três filtros da marca para filtrar os rejeitos de sua mina de zinco, processando cerca de 100 toneladas por hora.
Apesar de serem conhecidos desde 1988, os filtros prensa tem evoluído tecnologicamente e, no caso da Metso, a linha VPX é a mais recente, tendo sido lançada oficialmente no Brasil durante a Exposibram em outubro. O equipamento foi desenvolvido para grandes volumes e viabiliza a recuperação máxima de água. Ele também reduz a níveis mínimos a umidade final das tortas de rejeito filtradas, possibilitando assim o empilhamento a seco do rejeito. O novo filtro tem capacidade de até 36m³ em volume e, principalmente, a maior velocidade no tempo de ciclo operacional de mercado.
“É um equipamento ideal, porque a gestão de rejeitos requer soluções de filtragem com altas taxas de produção e custo reduzido”, finaliza Souza.
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