Dentro da política de segurança em barragens, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) desenvolveu a automação dos instrumentos geotécnicos de suas unidades, conversando de forma online com a ilha de controle operacional. Após os resultados positivos obtidos na primeira implantação – como a tomada de decisões com mais velocidade, por exemplo – a empresa decidiu expandir o projeto.

Os primeiros trabalhos foram realizados nas unidades localizadas na Zona da Mata Mineira. O projeto, apresentado no 23º Prêmio de Excelência, entrou em definitivo para o rol de atividades a partir das primeiras medições automatizadas, em meados de 2019 e 2020, substituindo as leituras manuais, trazendo maior confiabilidade, segurança e reduzindo o erro humano.

A automação da instrumentação tomou novas proporções e acabou expandida para mais barragens da CBA – inclusive para as estruturas do Negócio Energia. Além da expansão, novos instrumentos foram instalados nas barragens de rejeito e o projeto continuou com automação. Na unidade da CBA em Niquelândia (GO), o projeto foi definitivamente implantado nas barragens do Mosquito e Jacuba em 2021. Com o monitoramento realizado por meios mecânicos e manuais, era preciso ir até a barragem.

Hoje, com o sistema automático, a informação chega em tempo real, verificadas de forma remota totalmente online. Além disso, agilizou também o processo de análise das informações e de tomada de decisões. De forma prática, há maior velocidade para mensurar os dados e maior qualidade na interpretação da informação. E a CBA cita que o sistema trouxe ganho de performance e produtividade, além de que a velocidade da informação passa a ser muito mais rápida e com melhor qualidade: é possível analisar uma barragem em tempo real.

 Conforme definida pela consultoria técnica independente de cada barragem, foi aumentada a frequência do monitoramento, atendendo às legislações e às melhores práticas internacionais, com instrumentos importados de alta tecnologia, garantindo a precisão das leituras e, consequentemente, obtendo, como resultado, ótimas avaliações nas auditorias nacionais e internacionais de segurança de barragens e riscos ao negócio. Antes, além da inspeção que era preciso fazer na área das barragens de forma quinzenal, ainda tinha que ser repassado todos os instrumentos. Somente na barragem em Jacuba, por exemplo, há 100 instrumentos. Esse trabalho atualmente é possível de ser feito em minutos.

CONTROLE ROBÓTICO

 Além disso, foi instalado um sistema de controle topográfico robótico: qualquer tipo de movimentação que vier a acontecer a mineradora terá registro em tempo real. Afinal, com a unidade instrumentada e conhecendo as condições de campo, é possível fazer um acompanhamento ainda mais completo, sem necessidade de ir até o local fazer medições. Tudo é feito a partir da central de controle à distância.

Autores: Carlos Antônio Hofmann Gatti Filho (gerente projetos, gerência projeto – Minerações e Rondon), Dalmo da Silva Barbosa (coordenador projetos – Minerações e Barragens), Marcelo Correa da Silva (consultor geotécnico, gerência sustentabilidade corporativa), Bernardo Augusto Almeida Caires (engenheiro projetos sênior, gerência projeto – Minerações e Rondon), Alexis Dias de Souza (gerente industrial, gerência produção Niquelândia), Robson Luis Patrício (consultor Ssma I, Ssma), Wagdo Braga Gomes (coordenador operações), Christian Fonseca de Andrade (gerente unidade, gerente industrial – Zona Da Mata) e Caetano Vaz Lobo Barros (coordenador produção)