João Luiz Amoroso Lima Calmon, gerente-geral do projeto greenfield de ouro chamado Almas, da Aura Minerals, apresentou o perfil do empreendimento em início de obras. Localizado no sul do Estado do Tocantins, tem vida útil inicial de 17 anos.


O projeto consiste em três áreas separadas de mineração a céu aberto e uma planta metalúrgica expansível. Os três principais depósitos de ouro do Projeto Almas – Paiol, Cata Funda e Vira Saia – estão ao longo de um corredor de cerca 15 km de extensão do Almas greenstone belt, que abriga numerosas ocorrências orogênicas de ouro.


A produção no segundo ano de operação tem previsão de alcançar 54 mil onças, com possibilidade de manter em torno desse nível nos anos seguintes. A produção total projetada ao longo da vida útil é de 598 mil onças.


A reserva provada é de 21,8 milhões de t, com teor médio de ouro de 0,91 g. O ROM na planta é de 1,3 milhão t/ano.
A planta metalúrgica será moderna e simples, de acordo com João Calmon, com o fluxograma composto, em linhas gerais, por britagem, moagem, lixiviação, diluição e eletrólise. A planta é expansível para possível aumento de produção.


O investimento é de US$ 72,8 milhões, sendo que quase 70% do custo representa o contrato de EPCM para implantação do complexo industrial com a Promon. A entrada em operação da planta está prevista para o segundo semestre de 2022.


No evento, João Calmon mostrou a Visão 360° do projeto, comprometido em fornecer de forma ética e sustentável os minerais, adotando iniciativas ESG (governança ambiental, social e corporativa) junto às comunidades, além de programas de preservação ambiental.


Os ativos da Aura Minerals incluem a mina de ouro de San Andres em Honduras, a mina de ouro Ernesto/Pau-a-Pique no Brasil, a mina de cobre, ouro e prata de Aranzazu no México e a mina de ouro de Gold Road nos Estados Unidos.

Além disso, a companhia possui mais um projeto de ouro no Brasil, em Matupá, e um projeto de ouro na Colômbia, em Tolda Fria.


No final do ano passado, a Aura Minerals havia informado que a mina a céu aberto Ernesto, parte do complexo de minas Ernesto/ Pau-a-Pique (EPP), tinha entrado em produção comercial.


A EPP é composta por múltiplas cavas. A de céu aberto é integrada pelas minas Ernesto (agora em produção), Lavrinha e Japonês. A de Lavrinha começou produção comercial em 2017 e a do Japonês, em 2018. Na área, opera ainda a mina subterrânea Pau-a-Pique, que começou a produzir comercialmente também em 2017.