Customização de Preferências de Cookies

Usamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como "Necessários" são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para habilitar as funcionalidades básicas do site.... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyse the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customised advertisements based on the pages you visited previously and to analyse the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

MUSA adotará armazenamento a seco de rejeitos

A Mineração Usiminas (MUSA) irá implantar em sua unidade de Itatiaiuçu (MG) um novo sistema de disposição de rejeitos filtrados. O investimento no projeto é de R$ 140 milhões e deverá dar destinação aos rejeitos do processo produtivo do minério de ferro.

“Trata-se de uma transformação tecnológica”, avalia André Chaves, gerente-geral de Sustentabilidade da Usiminas. Segundo ele, o processo de transição da barragem tradicional para um processo de filtragem e armazenamento 100% a seco é irreversível. O prazo para conclusão das obras, após seu início, está estimado em 12 meses.

O processo de empilhamento do rejeito demanda menor área para disposição. Além disso, à medida que vai sendo formada, a pilha vai simultaneamente sendo revegetada para fins ambientais e geotécnicos. A nova metodologia também eleva os níveis de recuperação de água.

Os materiais da planta serão enviados para uma planta de filtragem, composta basicamente por processo de espessamento e a própria filtragem.

A água originada no processo será recirculada, retornando para a flotação como água de processo, enquanto a torta de rejeitos filtrados será transferida por meio de uma correia transportadora, que formará a pilha intermediária. Desta pilha, os rejeitos filtrados serão transportados por caminhões para a área do empilhamento a seco, onde tratores e rolos serão utilizados para espalhar e compactar o material. A expectativa da Usiminas com o novo sistema é elevar o nível de recirculação de água no processo produtivo, uma vez que não haverá perdas por infiltração e evaporação, o que é normalmente observado no sistema de disposição de rejeitos em barragem convencional.


Instalações de tratamento de minérios da Usiminas 

Adicionalmente, parte da água que antes ficava retida junto com o rejeito no reservatório da barragem passará a recircular diretamente para a planta, uma vez que o sistema de filtragem aumentará a concentração de sólidos no rejeito final, passando dos atuais 45% para aproximadamente 88%.

“A água será quase toda reaproveitada”, diz André. Com isso, a mineradora espera 40% de economia no consumo de água que abastece a planta por conta do alto aproveitamento para recirculação no processo.

Atualmente, se desenvolve o projeto detalhado do sistema de disposição de rejeitos filtrados. O gerente de sustentabilidade explica que ainda se avalia o que fazer com o rejeito a seco como coprodutos, mas ainda de forma inicial. “O estudo ainda é incipiente para encontrar aplicação ao rejeito neste momento”, afirma.

PROJETO FRIÁVEIS

A adoção do processo de filtragem dos rejeitos integra o Projeto Friáveis, iniciado em 2012, que ampliou a capacidade produtiva da empresa para 12 milhões de t/ano.

Neste projeto, ocorreu a construção de duas novas ITMs: Samambaia e Flotação. Nos anos de 2013 e 2014, as estruturas entraram em operação. No ano de 2015, em função da crise econômica, a MUSA reajustou o nível de produção e a operação continuou apenas com a Instalação de Tratamento de Minério Oeste. Já em 2017, com a retomada do mercado, a ITM Flotação voltou a operar, juntamente com a Mina Leste.

A Mineração Usiminas possui hoje cinco instalações de tratamento de minério, situadas em três minas: Mina Oeste (ITM Oeste e ITM Samambaia), Mina Central (ITM Flotação e ITM Central) e Mina Leste (ITM Leste). A MUSA produz quatro tipos de minério de ferro: granulado grosso e fino, sinter feed e concentrado.

Cada ITM tem sua rota de processo específica: na Leste, são produzidos granulado e sinter feed; na Oeste, granulado, sinter feed e pellet feed; na Central, granulado, sinter feed e pellet feed; na Samambaia, sinter feed; e na Flotação, concentrado. A planta da Flotação é alimentada 100% com rejeitos provenientes de estoques e depositado em barragem.
O Projeto Friáveis contou também com a implantação da barragem de Samambaia – é a terceira do complexo da Usiminas. Das duas outras, uma delas já foi lavrada.

De acordo com André Chaves, a opção pelo sistema de filtragem de rejeitos foi muito bem pensada pela empresa. “Tem peso no ponto de vista social. Em referência de acontecimentos passados, e a nova legislação em estudo, impulsionou a adoção do sistema pela Usiminas”, ressalta.

O gerente-geral de sustentabilidade conta que reuniões com a comunidade foram feitas para não ter dúvidas sobre o futuro das barragens da mineradora. “Temos convicção do modelo adotado. Com certeza será aplicado por outras empresas. Possui vantagens do ponto de vista técnico e enorme valor socioambiental”, finaliza.