Localizadas em uma região de elevada pluviometria, as minas da Mineração Rio do Norte (MRN) tiveram um ganho na produtividade após a implementação de um aplicativo de inspeção do sistema de drenagem. Com a tecnologia, a mineradora obteve maior agilidade e confiabilidade ao processo. Além do ganho de produtividade e financeiro, a plataforma apresentada pelo aplicativo mostra-se extremamente dinâmica, tornando a consulta às não conformidades bem mais prática. Com isso, as manutenções passaram a ser programadas com mais facilidade.

 A MRN buscou por alternativas que fossem tecnológicas e que auxiliassem no processo, como a utilização de câmeras acopladas em fios que percorressem as tubulações de drenagem, porém não obteve sucesso devido à localização das estruturas em uma área de mata fechada. Localizada no distrito de Porto Trombetas, no município de Oriximiná, no oeste do Pará, a MRN produz bauxita. Operando as minas Monte Branco e Aramã, onde o minério é coberto por uma vegetação densa e uma camada de estéril composta de solo orgânico, argila, bauxita nodular e laterita ferruginosa.

Devido às minas da MRN estarem localizadas em uma região de elevada pluviometria, é de extrema importância que sejam construídas estruturas de drenagem que suportem todo o escoamento superficial próximo às encostas dos platôs e nas laterais das estradas, evitando efeitos erosivos e ambientais não desejados.

 Na MRN, são utilizadas duas estruturas de drenagem principais: as caixas de decantação, situadas nas laterais das estradas, responsáveis por evitar o aporte de material sólido e controle de fluxo aos igarapés, e os drenos de encosta, responsáveis por conduzir o escoamento superficial gerado nos platôs até vertentes naturais, evitando a formação de processos erosivos.

Além da instalação dessas estruturas de drenagem, também é importante que as mesmas sejam inspecionadas constantemente, visando identificar as não conformidades e tratá-las o mais rápido possível, para que os sistemas funcionem perfeitamente. Essas inspeções ocorrem pelo menos uma vez por mês em cada estrutura, sendo que aquelas que se encontram próximas a corpos hídricos são inspecionadas quinzenalmente. Com o avanço da lavra, a quantidade das estruturas de drenagem será ainda maior e devido à vasta extensão das minas e distância entre elas, a atividade de inspeção torna-se um grande desafio.

Por isso, a busca por tecnologias que auxiliem no processo de inspeção e manutenção das estruturas de drenagem. Anteriormente, todas as inspeções de drenagem na MRN eram realizadas por meio de planilhas manuais preenchidas no papel. Processo que consumia um tempo consideravelmente elevado, devido à total falta de tecnologias. Para quantificar os ganhos da utilização do aplicativo, foram levados em consideração os mesmos critérios de medição do tempo médio de inspeção. Através da utilização do aplicativo, o tempo médio total da inspeção que antes era feito em 140 minutos passou a ser feito em apenas 47 minutos.

GANHO DE PRODUTIVIDADE E FINANCEIRO

Comparando-se o tempo necessário para a realização das atividades de inspeção, a utilização do aplicativo gerou aumento substancial de 66% na produtividade, levando em consideração o tempo necessário para a realização da inspeção e todo o processo de preparação de relatório e lançamento dos dados em planilha. De acordo com a mineradora, as equipes de inspeção mostraram- -se extremamente satisfeitas com a mudança, relatando que a tecnologia trouxe mais agilidade e confiabilidade ao processo.

Além do ganho de produtividade e financeiro, a plataforma apresentada pelo aplicativo mostra-se extremamente dinâmica, tornando a consulta às não conformidades bem mais prática. Dessa forma, as manutenções são programadas com muito mais facilidade.

Autores: Bruno Prado (gerente de área de operação de mina), Takehiro Moraes (gerente de departamento de infraestrutura de mina e operações florestais), João Vitor Soares (engenheiro de drenagem de mina), Marcos Gonçalves (engenheiro de Infraestrutura de mina e operações florestais), Vinícius Araújo (gerente de contratos de drenagem), Everaldo Garcia (supervisor operacional) e Domingos Sávio (gerente técnico operação florestal)