Empresa de capital aberto, na Bolsa de Amsterdam, e com objetivo de contribuir para a redução da pegada de CO2 para o mundo, a AMG Mineração S.A foi um dos destaques do 15º Workshop Opex 2024, realizado em conjunto com o 26º Prêmio de Excelência da Indústria Minero-Metalúrgica Brasileira 2024, ambos promovidos pela revista Minérios & Minerales. A companhia apresentou seus projetos para um plano de expansão, e também sobre a programação para o segundo semestre deste ano e para 2025.
O presidente da AMG Brasil, que também atua como CEO da AMG Brazilian Holding, empresa que controla todos os ativos do Grupo AMG no país, e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para Lítio e Tântalo do Grupo AMG, na Alemanha, Fabiano Costa, destacou o plano de triplicar o volume da produção na unidade de Nazareno (MG) com investimento de até R$ 1,4 bilhão.
Atualmente, a AMG opera duas plantas no estado mineiro, na região do Campo das Vertentes (São João del-Rei e Nazareno), especializadas na produção de minerais estratégicos, materiais especiais e energia. E estuda implementar uma nova planta química, que está em fase de detalhamento e envolve a construção de uma nova unidade para a conversão de espodumênio em carbonato de lítio.
O recente investimento da AMG em Minas, no total de US$ 55 milhões (mais de R$ 282 milhões) expandiu a capacidade de processamento de espodumênio de 90 para 130 mil toneladas anualmente, representando um aumento de 45%. A planta revitalizada iniciou as operações em março, com a expectativa de atingir capacidade total no quarto trimestre deste ano. “Enquanto estou aqui conversando com vocês, nós temos 400 pessoas trabalhando na nossa planta em Nazareno, construindo a expansão. Hoje, dessa planta, mandamos esse material de espodumênio para ser convertido em carbonato ou hidróxido na China”, contou Fabiano, que anunciou uma inauguração na Alemanha: “A propósito, a primeira refinaria, fora da China, que vai refinar carbonatos e hidróxidos com graus técnicos para baterias, está sendo construída pela AMG no Leste da Alemanha, e será inaugurada em setembro”.
Outro investimento de US$ 15,5 milhões (cerca de R$ 79,5 milhões), e que já está em andamento, é voltado para a produção de tântalo, um coproduto de espodumênio do qual se extrai o lítio. O mineral é considerado estratégico para a transição energética, especialmente para a fabricação de componentes como capacitores e eletrônicos. Esta expansão aumentará a produção atual de tântalo em 25%. “O tântalo possui propriedades muito importantes para esses capacitores, por isso a empresa focou nisso, mas sempre foi voltada para esses minerais densos do pegmatito”.
Fabiano ainda enalteceu o potencial de inovação do Grupo: “Um dos grandes diferenciais é que temos um processo tecnológico único, inclusive, nosso pedido de patente foi recentemente aprovado, que trata sobre esse processo nosso em que você recupera os minerais densos, e do rejeito deles se produz o concentrado de lítio, ele é o único no mundo”, destacou o CEO.
Além da expansão da planta de concentrado de lítio e o projeto de produção de tântalo, o executivo contou que a ambição da companhia é trazer a conversão de carbonato que acontece hoje na China para o Brasil. “Esse projeto pretendemos começar em 2028, estou apertando a equipe para tentarmos no final de 2027, e que terá um investimento enorme, de cerca de R$ 1 bilhão de reais para produzir cerca de 15 mil toneladas de carbonato de lítio por ano”, finalizou Fabiano.
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