A Alcoa anunciou um plano para reduzir – até zerar – a intensidade das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em suas operações globais. De acordo com dados apresentados no Relatório sobre a Performance Ambiental, Social e de Governança (ASG) em 2021, a empresa pretende diminuir a descarbonização em 30% até 2025 e em 50% até 2030, com objetivo de alcançar zero emissões até 2050.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente de Operações Brasil, San Ciprian, África e Oriente Médio e presidente da Alcoa Brasil, Otávio Carvalheira, na terça-feira (23). Também foi divulgado reinício do smelter na Alumar em São Luís – temporariamente suspensa desde 2015 – com energia 100% renovável, aumentando a oferta de alumínio feita com baixa emissão de carbono.
Carvalheira salientou que a proposta da Alcoa de “Refinaria do Futuro”, a partir do refino de alumina com emissão zero de GEE, usará novos processos e tecnologias como recompressão mecânica de vapor e calcinação elétrica, em combinação com uma grade descarbonizada. E destacou que mais de 81% do portfólio global de smelting da empresa é alimentado por energia renovável atualmente, sendo que seguem “explorando oportunidades para impulsionar mais” as operações no Brasil com energia renovável.
Comunidades
Durante a apresentação, a Alcoa Brasil detalhou a implantação de planos de resposta a emergências para comunidades, além de melhorar os controles sobre as condições de trabalho das empresas terceirizadas. Um exemplo foi a assinatura de um Protocolo de Intenções entre a Alcoa e a Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho (Acorjuve), em dezembro de 2021, com o objetivo de melhorar as relações bilaterais, a confiança, o respeito mútuo e avançar nas intenções comuns.
Ao citar sua política ambientar, a empresa destacou a implantação dos planos de ação de biodiversidade na Alumar (refinaria) em Juruti (mina de bauxita), além do início do desenvolvimento do plano de Poços de Caldas (refinaria e mineração). Além disso, anunciou da revisão da política global de barragens, visando garantir que os sistemas de rejeitos cumpram os padrões e diretrizes internas e o Padrão Global da Indústria sobre Gestão de Rejeitos (GISTM) e as leis e regulamentos do país.
A Alcoa, também, destinou atenção aos recursos hídricos. As prioridades estão descritas na Política de Gestão da Água, apoiada pelo Padrão de Gerenciamento de Água e Efluentes, alinhado com a Declaração de Posição do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM).
“Na busca coletiva da sociedade por um futuro mais sustentável, precisamos de novas tecnologias e soluções que nos ajudem a descarbonizar as cadeias de suprimentos globais, ao mesmo tempo em que permitam às comunidades prosperarem. A indústria do alumínio tem um papel essencial a desempenhar neste caminho”, ressaltou Carvalheira, durante a apresentação do relatório.
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