Nos últimos anos, a Jaguar Mining tem consolidado e ampliado a participação feminina em todos os níveis hierárquicos, principalmente em cargos de liderança. Exemplo disso é o cargo de vice-presidente administrativo da empresa, ocupado pela primeira vez por uma mulher: Marina Freitas.
Segundo a mineradora, não se pode negar que a indústria está passando por um período de mudança e as organizações já perceberam os benefícios de uma cultura de diversidade.
A seguir, veja entrevista de Marina Freitas, vice-presidente administrativo da Jaguar Mining, que assumiu o cargo em julho do ano passado, sobre sua ascensão e a importância da inclusão nas empresas.
Como foi sua trajetória para escolher trabalhar no setor mineral e na Jaguar?
Iniciei a minha carreira como consultora e sempre gostei de projetos no setor industrial e de mineração. Cerca de 10 anos atrás tive a oportunidade de trabalhar na Jaguar onde iniciei a minha atual trajetória.
Como a sua formação e experiência, atreladas com áreas de auditoria e compliance, contribuíram para o desenvolvimento da empresa?
Quando entrei na empresa, vi que existia a necessidade de uma mudança cultural e sempre acreditei que investir em integridade e disseminação ética possui grande valor na transformação de organizações. Investi muito nesta mudança e hoje tenho orgulho da cultura que implementamos na empresa. Além disso, a auditoria permitiu grande conhecimento de diversas áreas e contribuições, para melhoria das mesmas através de processos mais efetivos e eficientes.
Hoje, nota-se uma expansão acentuada das mulheres em cargos de liderança. Como enxerga o movimento de igualdade de gênero na mineração?
Conquistamos mais espaço nos últimos anos, mas a jornada ainda é longa. Hoje temos uma representação maior em cargos corporativos e precisamos investir mais para atrair mulheres para a operação.
A sra. entende que políticas de incentivo podem otimizar a ascensão das mulheres no mercado de trabalho em geral?
Sim. No passado acreditávamos que se a escolaridade das mulheres fosse igual à dos homens, essa equidade seria atingida naturalmente. Contudo, com o passar dos anos e as mulheres apresentaram níveis de escolaridade até mais altos do que os homens, porém não observamos esse movimento. Desta forma, na minha opinião, faz-se a necessidades de incentivos para otimizar a ascensão das mulheres. Flexibilidade de horário, home office, licença maternidade de seis meses, políticas de incentivo de contratação, incorporar a cultura de diversidade, buscar entender as barreiras que existem, podem contribuir muito na atração e retenção de mulheres no mercado de trabalho.
A Jaguar tem um pilar importante de inclusão. Como avalia essa iniciativa?
Acredito que a inclusão é extremamente benéfica para a empresa, para o ambiente de trabalho além de ser uma responsabilidade social. Ambientes igualitário e diversos são reconhecidamente mais produtivos, lucrativos e possuem maior engajamento e satisfação dos funcionários.