Usiminas aprova aporte em alto-forno

Usiminas aprova aporte em alto-forno

São Paulo – A Usiminas informou que seu conselho de administração aprovou investimento de R$ 1,234 bilhão até 2022 para reforma de alto-forno de sua usina em Ipatinga.

O equipamento vai parar em meados de 2021 para trabalhos de reforma. O conselho da empresa também aprovou investimento de R$ 143,9 milhões para construção de novo gasômetro, em substituição a equipamento que explodiu em agosto passado.

A Usiminas afirmou que a reforma vai ser executada com recursos próprios. A empresa encerrou o primeiro trimestre com caixa de R$ 1,8 bilhão.

As ações da Usiminas fecharam em alta de 0,37% na sessão de ontem na B3. O Ibovespa avançou 1,32%.

Segundo a empresa, do total a ser investido na reforma do alto-forno 3 de Ipatinga, R$ 1,147 bilhão serão desembolsados em 2020 e 2021.

“Junto com a reforma do alto forno 3 serão modernizados alguns periféricos com a planta de PCI (Sistema de Injeção de Carvão Pulverizado) e será substituído o topo de forno por um sistema mais moderno de alimentação de matérias-primas”, afirmou a empresa em resposta a questionamentos da Reuters.

O alto-forno 3 é o maior da usina de Ipatinga, com uma capacidade para 2,35 milhões de toneladas de ferro-gusa por ano. Após a reforma, a capacidade do equipamento será da ordem de 2,9 milhões de toneladas anuais. A Usiminas tem mais dois altos-fornos, com capacidade somadas de cerca de 1,4 milhão de toneladas anuais.

Segundo a Usiminas, após a reforma, o consumo de carvão do alto-forno deve cair cerca de 15%.

A última reforma do alto-forno3, inaugurado em dezembro de 1974, ocorreu em 1999 e, até a nova reforma, em junho de 2021, o equipamento completará 21 anos e 7 meses de operação. A reforma deve permitir mais cerca de duas décadas de utilização do forno.

No mês passado, o presidente da Usiminas, Sérgio Leite, disse que a reforma deve deixar o alto-forno 3 parado por cerca de 100 dias em 2021. O desembolso deste ano no equipamento deve ser de R$ 60 milhões, afirmara Leite. (REUTERS)

FONTE: Diário do Comércio