Além do projeto a quatro mãos desenvolvido no aprimoramento das sapatas do alimentador do Britador da Planta 2, a Metso participou de outro projeto recente na mina da Kinross em Paracatu. Trata-se de um empreendimento cujo histórico se inicia em 2012 e que foi finalizado em dezembro de 2014: a substituição dos alimentadores instalados abaixo da pilha de estocagem de minério, cuja função é a alimentar o moinho semi-autógeno (SAG) da mineradora.
“Temos seis equipamentos instalados, cuja capacidade de projeto é de 1.660 t/hora cada um”, detalha Alexandre de Oliveira. “Se eles não operarem com confiabilidade, a alimentação da moagem é afetada, prejudicando todo o processo produtivo da mina”, explica. De acordo com o engenheiro, era isso que poderia acontecer se a mineradora não iniciasse a troca dos alimentadores de correia originais, processo que durou dois anos. O principal indicador para a mudança ocorreu quando o número de manutenções corretivas por rasgo na correia nos alimentadores originais tornou-se constante. “Optamos por mudar, trocando o sistema de correias transportadoras por alimentadores de sapatas fabricadas em aço manganês, que têm vida útil muito maior”, detalha.
Dois pontos, segundo ele, marcaram a escolha da Metso como parceiro do projeto. Primeiro o know how na fabricação de alimentadores de sapata e, segundo, a empresa era o fornecedor do equipamento original. Definida a escolha, a Kinross dividiu o projeto em duas etapas, sendo a primeira ocorrida em 2012 e a última delas fechada em dezembro do ano passado. Quatro alimentadores foram inicialmente substituídos, o que era suficiente para assegurar a disponibilidade dos equipamentos diante do aumento de capacidade da moagem. Com a segunda etapa, os demais equipamentos foram trocados.
“O principal ganho que tivemos foi assegurar a confiabilidade dos equipamentos. Em termos de segurança e condições de trabalho para nosso pessoal, as melhorias também foram contabilizadas”, resume Oliveira, da Kinross. “Tivemos ganhos significativos nesse quesito, pois a troca da correia era uma atividade que requeria muita atenção e esforço dos colaboradores e isso não acontece mais”, completa. O engenheiro lembra ainda que o processo de aquisição se deu praticamente em regime turn key e alguns pontos de melhoria sugeridos pela engenharia da Kinross foram adotados no projeto dos equipamentos instalados em 2014. “As experiências de campo contam muito no processo de melhoria. Por isso, a importância do pós-venda nos processos de fornecimento de equipamentos.”, finaliza.
Fonte: Revista Minérios & Minerales